segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Tudo novo, de novo?

Feliz 2010. É uma esperança, pelo menos, profetizar esse desejo. Mencionar as palavras que, segundo os entendidos no assunto, tem poder. Se eu fosse daqueles que acreditam nas palavras do pastor( do teu pastor, do meu, do nosso, afinal, toda e qualquer igreja tem um pastor, não tem?) um bom pastor, diga-se de passagem, além de ser sempre um bom profeta, cuida também pra não perder suas ovelhinhas. Segue o ciclo, segue o vício. Mas não é o meu caso. Consegui estar em abstinência, sei lá, já há uns bons seis meses? Que seja, melhor assim. Nada mudou, é certo. Também nada aconteceu, é mais certo ainda. Será que a íra do Senhor também se manifesta com o nada, e eu já estou sendo castigado? A minha mãe sempre disse que quando a gente não tem o que falar, a melhor coisa a fazer é ficar quieto. Eu tava quietinho, mas agora me deu vontade de escrever, o que é o mesmo que falar em um blog. Pois meu ano nem entrou, digamos. Continuo no ano passado. Nada, absolutamente nada de diferente aconteceu. Lembrem-se, somente aquelas ovelhinhas mencionadas anteriormente é que se emocionam com os fogos na madrugada universal. E um “brog”, hummm, um “brog” também precisa ter e falar de coisas ruins. Afinal, é como num casamento, nos momentos bons e nos momentos difíceis, na tristeza e na alegria, enfim, tudo de acordo com a velha ladainha lá do pastor. Ó, eles de novo.... Que coisa triste essa impertinência, essa coisa grudenta que a gente não consegue largar. Pudera, mais de 2000 anos de dominação, opressão e insistência cerebral (só pra mudar o vocabulário e não falar lavagem, que isso já mais batido que suco de fruta em liquidificador novo). Pois a coisa vai ficando por aqui mesmo. Não passei no vestibular nem no concurso que talvez pudesse me tirar da miséria existencial e profissional, momentânea (ó, ainda sou otimista, antes que me acusem do contrário) em que me encontro. Sem propostas de trabalho, sem perspectivas de caminhos a seguir ou em dúvida entre plano A ou plano B e acabando por aceitar o plano F. Na verdade o plano F é o curso do rio, a correnteza dos anos que nos vai levando, aleatoriamente, sim, sem destino, ou deus, ou o diabo, e sim, “shuf”( a tecla do rádio que procura músicas aleatoriamente, seria isso?, meu inglês é básico, meu dicionário não ajudou e eu preciso escrever agora, já.) Talvez seja por isso que não consigo uma colocação, todos os anúncios exigem inglês. Seria uma boa se exigissem, isso sim, o português. Não é para agora, já no final deste triste ato, querer me gabar e contar que minha nota na redação, no ENEM foi de 95, ou 950. No vestibular também foi 85 ou 850. Posso ter esse momento de felicidade? Obrigado. Mas é e foi só um momento mesmo. Mais uma vez, não adiantou nada. Foi só mais um “shuf” da vida ou algo que signifique “aleatoriamente”. É bem maior que a do inglês, mas é muito bonita essa palavra. É, só eu mesmo acho. Na verdade eu nem acho mais nada de nada, parece que está tudo muito perdido. Olha, já é fevereiro! Janeiro de 2010 foi um tempo que nunca mais ninguém irá ver. A loucura agora é o carnaval. Ó, lá vem(e vão) as ovelhinhas de novo...Pastores, ovelhinhas, plano A e B, plano F, teclas aleatórias, shuf, inglês básico...
Feliz Ano novo.