quarta-feira, outubro 27, 2010

sexta-feira, outubro 22, 2010

Manifesto de Professores Universitários: É histórico!

Manifesto de Professores universitários, de São Paulo, estado do candidato Serra, essa eu ainda não tinha visto. Vale a leitura histórica!
E um plus: Todos os reitores de Universidades Federais apoiaram Dilma, dias antes desse manifesto.

Acho que não é pouca coisa isso. Além de ser algo muito grave. É hora de muita reflexão....
Manifesto em Defesa da Educação Pública

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. Desde 2005, São Paulo perde sistematicamente colocações no ranking do Ideb, que avalia o ensino médio. Neste ciclo, onde se sente mais claramente as deficiências dos anos anteriores de aprendizado, São Paulo passou de quarto para sexto colocado.

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação, manipulando dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.
Fonte:
http://emdefesadaeducacao.wordpress.com/2010/10/15/manifesto-de-professos-universitario-em-defesa-da-educacao-publica/

terça-feira, outubro 19, 2010

O Terceiro incluído

As eleições ainda não terminaram. Arrastam-se nesse segundo turno. Temos a polarização de dois modelos de governo, a oposição e a situação, ambos com experiências já demonstradas no comando do país, que se revezam nas últimas semanas para tentar obter maioria de adeptos e sair vitoriosa do iminente sufrágio. Antes tivesse terminado tudo no primeiro turno e nos pouparíamos de tamanho desgaste. Mas, no meio do caminho tinha uma pedra. Marina Silva, terceira colocada conseguiu levar a decisão para o segundo tempo, foi bem votada, porém, acabou de decidir, com seu partido, permanecer na neutralidade, sem manifestação direta de apoio a nenhum dos dois concorrentes. A terceira incluída voltou ao seu estado excludente de onde , talvez, nunca deveria ter saído, visto a já referida decisão, a meu ver, duvidosa e covarde. Ademais, vivemos esse período que está em franca efervescência, com os mais variados acontecimentos, péssimos, como por exemplo os episódios do assunto trazido aos candidatos em relação ao aborto, as religiões, tomando conta das duas campanhas no lugar de estarem discutindo programas e viabilidade de realizações que os mesmos se propõe. Não sei onde tudo isso vai chegar e nem sei como chegará ao final e ao cabo essas rivalidades levantadas por ambos os lados. As pesquisas dão conta de uma certa vantagem para a candidata da situação, porém, já estamos cansados de saber que pesquisas não ganham eleições. De minha parte, ficarei satisfeito se elas se revelarem acertadas. O modelo e o ordenamento da condução do país que vem sendo realizado nestes últimos 8 anos pelo Presidente Lula, apesar dos pesares, e de muitos pesares, com os quais nós nunca houvéramos sonhado antes, segue sendo aprovado( por mim e por 80% da população, segundo pesquisas) pelo entendimento que tenho de política de governabilidade com um olhar mais social, de transformações profundas que provocaram, sim ,mudanças reais nas parcelas mais carentes da população, dando voz e vida aos que nunca, em tempo algum, tinham sido tocados, de modelo de gestão( com ressalvas, óbvio, mas sem sombra de dúvida, com uma condução segura, forte, e sólida de um país gigante como é o Brasil), com seus problemas e dificuldades continentais, terminando, nesses 8 anos que se completarão, com uma monumental derrota para aqueles que gritavam aos 4 ventos que um governo de um metalúrgico, sem nível superior, iria levar o país ao fundo do poço. O Brasil hoje é respeitado no mundo todo, por TODOS os mais importantes líderes e chefes de estado, o Presidente LULA da Silva idem e o nosso país é capaz de enfrentar as maiores crises econômicas, como as ocorridas no ano passado, em que se saiu perfeitamente bem em relação às outras nações, ditas, mais desenvolvidas.

Mas, apesar de tudo isso, e esse era o meu propósito na inicial deste, é importante que , passados esse período de escolhas, daquele que será o próximo presidente, possamos fazer algumas reflexões em relação aos processos que aconteceram por conta desta eleição. Na verdade acabei me excedendo e expondo algumas impressões que há muito vinha adiando em escrever, mas que foram necessárias nesse contexto. O que retomo, por hora, é que a necessidade de refletir, anunciada, também diz respeito a alguns candidatos que foram eleitos, como por exemplo o palhaço “Tiririca”. Assim como uma tentativa de tentar opinar sobre os motivos que levaram mais de 1 milhão de eleitores de São Paulo a elegerem-no para Deputado Federal. Esse fato e o da Marina foi o que inicialmente eu havia pensado descrever em minhas impressões com base na idéia do terceiro incluído. A Marina se foi. Restou o outro palhaço. Pretendo esperar um pouquinho, então, até depois do dia 31 de outubro para elaborar um pensamento mais completo, aí já encerrada essa etapa toda, finalmente, desse lindo processo eleitoral de grande manifestação de nossa democracia.

Boa escolha à todos!

Momentos de Reflexão II

Sei lá, mas isso me cheira a falta de caráter? oportunismo futuro? No mínimo uma "baita" palhaçada...


PV e Marina: Nem Dilma, nem Serra.


Redação Carta Capital
18 de outubro de 2010 às 11:26h

A convenção nacional do Partido Verde definiu que o partido não dará apoio a nenhum dos dois candidatos no segundo turno das eleições presidenciais. Por 88 votos a 4 foi vitoriosa a tese defendida pela senadora Marina Silva e seu grupo. Os dirigentes do PV, comandados pelo presidente José Luiz Penna, defendiam o apoio ao candidato José Serra quando a discussão se iniciou, ao pagar das luzes do primeiro turno. De lá para cá, o debate entre os verdes se acirrou até culminar com o evento de ontem que oficializou a posição de “independência”, como eles chamaram.
Antes, o partido havia encaminhado às coordenações das duas campanhas uma plataforma contendo propostas programáticas para apreciação de ambas. Tanto Dilma quanto Serra responderam positivamente ao documento, o que deve ter dado substância para a decisão final do encontro de ontem.
A decisão possibilita que individualmente os membros do partido possam defender posições diferentes da aprovada. Marina Silva já declarou que seu voto não será aberto. Entretanto, companheiros seus preferiram manifestar suas preferências: Gilberto Gil, o ministro Juca Ferreira e Sarney Filho estão com Dilma. Fernando Gabeira, Fabio Feldmann e Luiz Bassuma, deputado baiano, apóiam Serra.

Segundo a última pesquisa do instituto Datafolha, mais da metade dos eleitores de Marina no primeiro turno (51%) manifestam a intenção de votar em Serra no segundo turno ante 21% que optaram por Dilma.

Marina deve voltar ao Senado nesta semana.

O que nosso leitor achou da decisão?