terça-feira, outubro 19, 2010

O Terceiro incluído

As eleições ainda não terminaram. Arrastam-se nesse segundo turno. Temos a polarização de dois modelos de governo, a oposição e a situação, ambos com experiências já demonstradas no comando do país, que se revezam nas últimas semanas para tentar obter maioria de adeptos e sair vitoriosa do iminente sufrágio. Antes tivesse terminado tudo no primeiro turno e nos pouparíamos de tamanho desgaste. Mas, no meio do caminho tinha uma pedra. Marina Silva, terceira colocada conseguiu levar a decisão para o segundo tempo, foi bem votada, porém, acabou de decidir, com seu partido, permanecer na neutralidade, sem manifestação direta de apoio a nenhum dos dois concorrentes. A terceira incluída voltou ao seu estado excludente de onde , talvez, nunca deveria ter saído, visto a já referida decisão, a meu ver, duvidosa e covarde. Ademais, vivemos esse período que está em franca efervescência, com os mais variados acontecimentos, péssimos, como por exemplo os episódios do assunto trazido aos candidatos em relação ao aborto, as religiões, tomando conta das duas campanhas no lugar de estarem discutindo programas e viabilidade de realizações que os mesmos se propõe. Não sei onde tudo isso vai chegar e nem sei como chegará ao final e ao cabo essas rivalidades levantadas por ambos os lados. As pesquisas dão conta de uma certa vantagem para a candidata da situação, porém, já estamos cansados de saber que pesquisas não ganham eleições. De minha parte, ficarei satisfeito se elas se revelarem acertadas. O modelo e o ordenamento da condução do país que vem sendo realizado nestes últimos 8 anos pelo Presidente Lula, apesar dos pesares, e de muitos pesares, com os quais nós nunca houvéramos sonhado antes, segue sendo aprovado( por mim e por 80% da população, segundo pesquisas) pelo entendimento que tenho de política de governabilidade com um olhar mais social, de transformações profundas que provocaram, sim ,mudanças reais nas parcelas mais carentes da população, dando voz e vida aos que nunca, em tempo algum, tinham sido tocados, de modelo de gestão( com ressalvas, óbvio, mas sem sombra de dúvida, com uma condução segura, forte, e sólida de um país gigante como é o Brasil), com seus problemas e dificuldades continentais, terminando, nesses 8 anos que se completarão, com uma monumental derrota para aqueles que gritavam aos 4 ventos que um governo de um metalúrgico, sem nível superior, iria levar o país ao fundo do poço. O Brasil hoje é respeitado no mundo todo, por TODOS os mais importantes líderes e chefes de estado, o Presidente LULA da Silva idem e o nosso país é capaz de enfrentar as maiores crises econômicas, como as ocorridas no ano passado, em que se saiu perfeitamente bem em relação às outras nações, ditas, mais desenvolvidas.

Mas, apesar de tudo isso, e esse era o meu propósito na inicial deste, é importante que , passados esse período de escolhas, daquele que será o próximo presidente, possamos fazer algumas reflexões em relação aos processos que aconteceram por conta desta eleição. Na verdade acabei me excedendo e expondo algumas impressões que há muito vinha adiando em escrever, mas que foram necessárias nesse contexto. O que retomo, por hora, é que a necessidade de refletir, anunciada, também diz respeito a alguns candidatos que foram eleitos, como por exemplo o palhaço “Tiririca”. Assim como uma tentativa de tentar opinar sobre os motivos que levaram mais de 1 milhão de eleitores de São Paulo a elegerem-no para Deputado Federal. Esse fato e o da Marina foi o que inicialmente eu havia pensado descrever em minhas impressões com base na idéia do terceiro incluído. A Marina se foi. Restou o outro palhaço. Pretendo esperar um pouquinho, então, até depois do dia 31 de outubro para elaborar um pensamento mais completo, aí já encerrada essa etapa toda, finalmente, desse lindo processo eleitoral de grande manifestação de nossa democracia.

Boa escolha à todos!

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