domingo, maio 22, 2011

Vento Ventania...

Às vezes não é preciso ser íntimo para gostar de alguém. Muito pelo contrário, tem muita gente que tem intimidade demais e é uma droga!. Outras vezes, a gente gosta de alguém porque outro amigo nosso tem mais intimidade com esse alguém e que, de tanto e sempre nos falar sobre ele e trazer sempre consigo os melhores momentos de suas vivências, nós acabamos também assumindo essa amizade, se identificando com ela, “comprando” ela. O respeito e a admiração acabam sendo cultivados como se fossem nossos os laços criados. E era assim com ele. Na verdade, quase nunca tínhamos contato. Só nos encontrávamos em eventos, digamos assim. Mais precisamente nos aniversários do Arlei ou do Márcio, esses, mais íntimos, pela freqüência das conversas e dos momentos de presenças. Assim, nessas ocasiões, o André era sempre lembrado, comentado, como parte de nosso encontro, como integrante daquele momento de amigo querido ,tal  como se ali estivesse. As várias versões que ele sempre tinha para qualquer acontecimento, a alegria ao reencontrar os amigos, a conversa fluente e sempre animada, cheia de ilustrações e exemplos, as relembranças das situações passadas que sempre vinham ilustrar as recordações nas rodinhas de conversas, naqueles encontros de aniversários.... O jeito, a maneira de chegar e permanecer entre nós...De tudo isso, vai sempre ficar a lembrança, boa e gostosa de alguém muito especial que viveu entre nós e fez parte de nossas efêmeras vidas....com a sua alegria e jeito de ser, incomparáveis....e que partiu primeiro. Ontem, foi um dia muito triste, mais uma vez, pra mim.
O dia fatídico e inevitável de uma despedida tão precoce, como se tivesse sido, realmente, uma grande “ventania” na nossa existência....
E hoje, é mais um começo, do recomeço de quem fica...
Essa é a minha versão dessa história. Com certeza, o André deve ter outras tantas...


E essa essa letra de música é uma singela homenagem à tua cara amizade que sempre estará presente nos nossos dias.

Vento Ventania



Biquini Cavadão


Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....


Vento, ventania


Me leve para


As bordas do céu


Pois vou puxar


As barbas de Deus


Vento, ventania


Me leve prá onde


Nasce a chuva


Prá lá de onde


O vento faz a curva...


Me deixe cavalgar


Nos seus desatinos


Nas revoadas


Redemoinhos...



Vento, ventania


Me leve sem destino


Quero juntar-me a você


E carregar


Os balões pro mar


Quero enrolar


As pipas nos fios


Mandar meus beijos


Pelo ar...



Vento, ventania


Me leve prá qualquer lugar


Me leve para


Qualquer canto do mundo


Ásia, europa, américa...






Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....






Vento, ventania


Me leve para


As bordas do céu


Pois vou puxar


As barbas de Deus...


Vento, ventania


Me leve para


Os quatro cantos do mundo


Me leve prá qualquer lugar


Hum! Me deixe cavalgar


Nos seus desatinos


Nas revoadas


Redemoinhos...


Vento, ventania


Me leve sem destino


Quero mover


As pás dos moinhos


E abrandar o calor do sol


Quero emaranhar


O cabelo da menina


Mandar meus beijos pelo ar...



Vento, ventania


Me leve prá qualquer lugar


Me leve para


Qualquer canto do mundo


Ásia, europa, américa...






Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....






Me deixe cavalgar


Nos seus desatinos


Nas revoadas


Redemoinhos


Vento, ventania


Me leve sem destino


Quero juntar-me a você


E carregar os balões pro mar


Quero enrolar as pipas nos fios


Mandar meus beijos pelo ar


Vento, ventania


Agora que estou solto na vida


Me leve prá qualquer lugar


Me leve mas não me faça voltar...


Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....


Me leve mas não me faça voltar...