domingo, março 27, 2011

"COMO ÉRAMOS ELISES"

É , o mês de Março é o mês das mulheres, com certeza. Dia 17 de março de 2011, Elis Regina faria 66 anos. Maravilhosa, como sempre, certamente brilharia imponente entre nós, nesse mundo cruel, dizendo as verdades que muita gente precisaria ouvir. Às vezes, fico pensando como seria sua fisionomia nesse tempo de agora. São reflexões que mexem com nossos sentidos e esperanças mais ínimas. Nossos medos, digamos assim. O medo de envelhecer. Um parâmetro, como esse, podemos ver observando outra mulher fantástica que viveu, essa sim, todos os seus estágios.
Simone de Beauvoir, escritora e filósofa, e eterna também, viveu além de Sartre, seu grande amor,  e pode vivenciar as experiências dos derradeiros momentos. Não sei se é bom ou ruim, nem era esse o meu interesse em começar esse post. Nem era esse o foco, deixar mais triste, em reflexões verdadeiras nossas mulheres maravilhosas. Mas saiu, assim, de repente e então paciência, divido com vocês meus dramas mais íntimos sobre o inevitável amanhã. Mas a minha intenção mesmo é lembrar esses dois ícones, que pra mim são mais do que emblemáticos. Cada qual no seu tempo, que teve, e na sua imagem que nos deixou. 


Compartilho, assim, essas imagens e as minhas impressões. Pelo lindo sorriso nos dois momentos de Simone, parece nos mostrar que também é possível e interessante aproveitar todos os estágios do existir. Por outro lado, às vezes fico refletindo que talvez exista  uma certa vantagem de ter ido tão cedo, como a Elis.  A sua imagem será sempre aquela, jovem, linda. O nosso sonho, da eterna juventude. Mas, viagens à parte, óbvio, seria fantásticamente maravilhoso se ela aqui estivesse. Não é o caso e somente com suas imagens e voz podemos nos contentar e sobreviver debaixo desse sol de nossa efêmera existênci

a, ainda, de nossa parte, resistente.

Essa foto( e a primeira lá em cima)  é do fotógrafo Paulo Kawall, que durante alguns anos, de 1976 a 1982, foi o fotógrafo de Elis. Agora, juntamente com outros projetos para o ano de 2012, quando será lembrado os 30 anos de morte da Elis,  eles pretenderão lançar diversos trabalhos em sua homenagem. Um álbum com essas fotos inéditas, um vídeo, documentário com o nome do título que inicia esse post e que achei fantástico: “ Como éramos Elises”, de seis horas de duração, além de exposição, biografia e shows da filha de Elis, Maria Rita, por cinco cidades do País e que , assim, comporão um projeto maior, chamado Redescobrindo Elis. Eu, na verdade, também redescobri Elis. Descobri Simone, quando li a biografia dela e do Jean Paul Sartre, Téte-a-Tète,  e aprendi a amar as duas e a não esquecê-las jamais. Assim, nesse mês de março que já se vai, com as águas, que não só literalmente, mas verdadeiramente vem fechando o verão, vou deixando nesse ano de 2011 a minha singela homenagem e lembrança a todas as mulheres desse mundo, pela passagem do dia 8 de março. Homenagem a mulheres fortes, lutadoras, inteligentes, independentes e que fizeram a diferença nos deixando seu legado. Mirem-se nas mulheres de Atenas, ou nessas duas, apenas.
Fico, então, no aguardo e na expectativa desses lançamentos futuros.

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