sábado, setembro 11, 2010

Se as eleições fossem hoje

Mas elas são hoje, são sempre!

Não posso deixar de falar alguma coisa nesse período. Ou, simplesmente, ficar falando de receita de bolo, do filme ou seriado do momento ou das minhas impressões em relação aos casamentos mal resolvidos dos habitantes do nosso planeta. Esse tempo, em que a farda comandava-e manipulava os meios de comunicação com esses artifícios- e alguns precisavam(muitos eram obrigados) viver no mundo da lua, felizmente já acabou. Claro que trivialidades são temperos na existência absurda, chata, deprimente e muitas vezes sem sentido em que nos encontramos em alguns estágios da nossa vida. Mas uma boa pimenta- e existem de todos os tipos- pode dar uma diversificada no mesmo sal de todo dia-a-dia

Muito ardido, inegavelmente, é esse período em que nos encontramos. Nesse domingo, 12 de Setembro, o Jornal Zero Hora publicou, em seu editorial, à página 16, uma “enquete", para que os eleitores opinassem com relação ao assunto da “hipocrisia eleitoral” observada, principalmente através dos programas gratuitos, veiculados no rádio e na TV, assim como todo o comportamento e as situações que se apresentam nessa época de eleições. Antecipadamente, foi disponibilizada no "blog do editor" para que houvesse respostas a serem publicadas na referida edição. O engraçado é que consta na edição deste domingo apenas 4 manifestações que não constam entre as 28 postadas no blog. http://wp.clicrbs.com.br/editor/2010/09/09/opine-sobre-o-editorial-da-rbs-que-sugere-reacao-dos-eleitores-a-hipocrisia-no-horario-politico/?topo=13,1,1,,,13

Seria o caso de uma “hipocrisia editorial”? Ou, como já sabemos aqui nesse Estado, uma tentativa da "grande empresa de comunicação" para colocar mais lenha na fogueira dos “descontentes sem causa”, ingênuos, desinformados, "mal amados" e até mesmo dos reacionários tradicionais de plantão? Enfim, cabe a mim, neste humilde espaço, transcrever minha participação de resposta neste convite jornalístico que não saiu “no papel.”

"Hipocrisia eleitoral é, também, a magnífica colaboração que sábios cidadãos fornecem à construção do seu próprio país quando proclamam aos quatro ventos que são “apolíticos”. Inocentes, desinformados, ignorantes do assunto, esquecidos. Hipócritas de plantão em pleno período eleitoral que estampam em camisetas o slogan “Políticos, nem pensar”, tal como presenciei essa tarde, numa esquina da cidade. Com certeza este é um dos milhares de “indignadinhos” que estufam o peito ao se sentirem isentos de participarem do mais importante processo de consolidação da democracia em nosso país. Sentem-se cansados com as mesmas caras e os “repetecos “de outrora. Não podia ser diferente, pudera, pois é mais fácil a crítica, o fuxico alheio e a desqualificação pessoal do que a investigação e a busca pela origem histórica e factual de um candidato. Além disso, nossos meios de comunicação, em períodos não eleitorais, não ajudam muito. Créditos também para a hipocrisia eleitoral da imprensa. Neste terreno fértil de esquecidos e esquecedores, a rotação de cultura trás consigo além das mesmas ervas daninhas de antes, muita gente boa misturada. Porém, como saber a melhor maneira de escolher o grão? Como saber o que é mentira e o que é ilusão? Talvez, dedicando um pouco de atenção mais séria e significativa, no período da “entre safra”, aos verdadeiros assuntos que podem mudar, de alguma forma, a nossa realidade e as nossas vidas.
Eu assisto aos programas eleitorais. Sempre achei importante e necessário. Se todo mundo usasse, ao menos, metade da disposição e interesse que dispensam ao futebol para acompanhar os acontecimentos eleitorais,que dizem respeito a sua própria vida em sociedade,  mas não só nas vésperas de alguma eleição, talvez as coisas estivessem mais claras e melhores nesse nosso país. É só uma opinião. Talvez escreva sobre isso outra hora.

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